sábado, 25 de dezembro de 2010

Porto Alegre me tem, não leve a mal...

Nesses últimos meses tenho observado que estou cansada.
Desde a mudança à Porto Alegre, muito em mim também mudou.
Hoje, tenho uma certa dúvida sobre onde realmente fica minha casa.
Será a cidade que me acolheu quando vim a este mundo?
Ou a cidade onde cresci, e de fato, vivi muitos anos?
Será o mundo? Será a estrada?

Tudo isso pouco ou nada tem a ver com os relaciomentos que tenho.
Quero dizer, meus amores, minha família, meus amigos, são únicos e meu amor por todos estes é intocável, independente da localização daquilo que eu chamo de casa, o meu canto.
Mas, onde me sinto bem... Onde é meu lar, eu já não sei!

Gosto tanto deste Vale onde cresci... Da beleza da cidade, da sua cultura tão própria que ficou nítida aos meus olhos somente depois de mudar-me... Suas tradições, e o jeito das pessoas, a educação...

Mas, em Porto Alegre sou livre. É como se eu sempre soubesse que um dia voltaria, depois de deixar o Mãe de Deus com dois dias de vida... Poucas pessoas conheço, mas as amizades que lá tenho têm laços fortes.
Meus planos fazem-se em POA. Em Porto Alegre tenho uma vida que acontece!

Adoro a mistura de sotaques, cultura, experiências, das pessoas no lugar onde moro!
Elas são despidas de limites, preconceitos, julgamento...
Sem saber pra onde vão, sem saber ao certo onde e quando irão chegar, elas sabem que chegarão onde quiserem, porque lutam, porque buscam... E isso, no interior não funciona assim...

É preciso sair, pra saber, pra viver! No interior anda-se em círculos, e o futuro é completamente previsível dentro deste sistema. Basta observar, olhar em volta... Tudo isso porque o interior tem seu próprio ritmo, velocidade, leis. É um sistema semi-aberto, semi-fechado... Uma roda gigante... Tudo é estranho fora dali, quase tudo parece distante e não é! O interior é uma bolha!

Estar no Vale é delicioso! Estar com as pessoas que gosto neste tão bom lugar pra se viver! Mas, por alguns dias, e só.
Me sinto em uma espécie de "Reality Show", ou então, como alguém famoso na TV regional que vai ao Bourbon e é reconhecido pelas pessoas que fazem comentários baixos e ficam-no observando... Ok, não sou artista, não sou famosa. Mas, cuidado ao escolher a roupa antes de sair de casa nas cidades do Vale... Há chances de que o julguem, comentem, e talvez até publiquem alguma nota em algum meio de comunicação qualquer, caso esteja mal vestido, ou algo assim...

No interior as pessoas são mais acomodadas, acostumadas a serem julgadas, rotuladas e enquadradas em padrões... As pessoas são limitadas! Preocupam-se demasiadamente com o reflexo de suas atitudes, afinal, 'o que vão pensar de mim?'.
Escondem-se dentro de si mesmas.

Andam em círculos... Tempo vai, tempo vem... e a grande maioria acaba sempre no mesmo lugar, fazendo, falando, pensando, vivendo as mesmas coisas! Submetendo-se a mesmas coisas... Enfim... E isso não muda.

Quero dizer que, botar o pé pra fora de casa no Vale, é estar ciente de que a chance de ver e ser visto por pessoas conhecidas, amigas ou não, é quase de 100% e, isso pode ser bom, como não ser. O que tu fazes em um canto, se reflete no outro. Nada passa despercebido... Nada! As pessoas marcam teu rosto e teus passos e, nada será esquecido.

A sensação de estar no Vale é completamente estranha agora.
Quando estou em Igrejinha sinto-me presa ao que esperam ou não esperam de mim.
Não presa... Mas, pressionada, intimidada.
Eu não quero isso pra mim. Esse é o tipo de preocupação que definitivamente não quero ter.

Eu tenho necessidade de ser natural.
Eu não gosto de ser julgada.
Não gosto que esperem qualquer coisa de mim.
Não gosto que falem de mim, sem saber-me, sem gostar-me.

Eu estou caminhando a frente...
Não tenho mais saco, nem paciência pra essa mediocridade.
Quero maturidade, conquistas, crescimento!
Amigos, viagens, família... Como a maioria das pessoas.
Aventuras, diversão, sexo, drogas, e rock'n roll... Sim!
Mas também responsabilidade e luta pela realização de sonhos!

Quero leveza, quero gargalhada!

sábado, 13 de novembro de 2010

acordei com something...

"Something in the way she moves
Attracts me like no other lover

Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover

Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know

You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her

Something in the things she shows me

Don't want to leave her now
You know I believe and how
"

George Harrison interpretado por Sir Paul McCartney na minha lembrança.

saudade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

a primeira do singular sou eu...

eu estou bem aqui.
em cada letra, em cada sílaba,
em cada erro gramatical cometido...

aqui estou eu...
traduzindo o que sou,
traduzindo minhas sinapses
meus querubins...
nos meus erros, meus acertos.
minhas humanices animalescas.

aqui estou eu.
íntima.
imperfeita.
em meus ensaios!


nua, despida, pura,
pra quem quiser ver...
conhecer...
ou entrar
em mim, no que sou.

um do três do dez

Sabe,
Temos muito mais a aprender do que a ensinar.
Ensinamos, mas
aprendemos ouvindo bem mais que falando
Estamos sempre crescendo,
dando, recebendo...

janeiro de dez

O respeito, a verdade,
o mal, a bondade
se escondem em sorrisos
dançando com a vida.

Não existe amor sem verdade,
Não existe amor pela metade...

hipocrisia, hipo, crisia...

As pessoas são
Elas querem ser
Pensam que são
Como deixam de ser
o que são

dentes meus.

De vez em quando a gente dorme sem escovar os dentes
dorme tarde demais...
Mas não devemos fazer isto sempre...
Quem sofre é a gente...

*estou com uma cárie

de 02 de setembro...

em dois do nove, escrevi no caderno meu:

Será que chega?
Na memória, há mais sorrisos ou mágoa?
A expectativa é pessimista
das duas partes.
Acostumamo-nos a esperar do outro
algo não bom...
Há solução?


já não importa...

ideologia, uma saga...

Continuo em busca de ideologia - nunca desisti ou estacionei esta busca.
Como posso servir à este mundo infernal?
Sem me corromper, ou fazer mal?
Há tempos descobri que este mundo é como é
e jamais mudará.
(cada vez tenho mais certeza)
Como me adaptar?
Como me acostumar...?

eu, caminho, meu

Eu não sou o retrato do seu passado,
e não sou parte, nem reflexo do seu futuro.
Meu futuro, não se definirá de acordo com os passos teus...
Meus passos são meus.
Cada passo, cada vida.
Cada vida, uma vida.
E esta vida é minha!

Meu nome é Vitória, prazer!

Clichê de verdade, é verdade, de verdade.

"Não me faça promessas...

O meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria...
Ah, meu Deus! Era tudo o que eu queria...

Mesmo querendo, eu não vou me enganar.
Eu conheço seus passos.
Eu vejo os seus erros...

Não há nada de novo,
ainda somos iguais...

Não me chame, não olhe pra trás..."

H. Vianna

nos últimos dias se passaram dez anos...

algumas pessoas,
nunca conheci...
algumas pessoas,
simplesmente esqueci...


acordei, e tudo estava tão diferente...

Hoje fica tão claro entender o presente
Depois destes anos que se passaram nos últimos dias,
assistindo as palavras escritas no passado
no velho caderno meu
é tão nítido, é tão claro... agora!
Entender que o que houve foi somente amor,
e mais nada.
Amor de amigo, irmão, de amante...
As vezes corpo, as vezes alma...
E só.
É pouco... Bem pouco...
Amor é muito pouco.

Houve luta, paciência, bondade... também.
Mas as diferenças são cruciais.
Elas gritam, elas nos empurram pra lados opostos.
E então, tudo fica tão claro.
Não há certo, ou errado...

Duas feras não convivem juntas por muito tempo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

sixty-eight!

O quarto 68 me acolhe, me abraça!
Meu novo lar me respeita, me ama!
Fala comigo, e acaricia meus cabelos enquanto durmo.
Não me sinto sozinha aqui.

Jandira morreu...
Tentei salvá-la dando-lhe água
podando as folhas secas...
eliminando as flores mortas...
Mas ela não parece viva.
Jandira me imita???

Fiquei triste...
Luís também.
Estamos mais próximos,
mas tenho-o deixado quieto ultimamente...
Ele precisa resolver sua vida.
E eu, a minha.

Maria está bem, cada vez mais rabujenta...
Mas ela me inspira...
Chora quietinha...
Mas sabe que tudo passa.
E assim tenta me ensinar a pensar.
Sua vida é uma graça...
E assim, dá graça a minha vida...

Os livros também vão bem...
As vezes eles me puxam as orelhas.
E me ajudam a voltar a mente ao seu lugar.
Eles me observam o tempo todo,
aconselham-me,
cuidam de mim!

O abajur ilumina minhas noites,
acalma meus querubins...
Manda luz pra minha mente
e ela então se acalma.
Faz meu coração sorrir.

A música tem feito parte do quartinho 68,
nesta velha rua da guerreira farroupilha...
Os sons já não fazem tão mal.
Os timbres têm tocado meu coração,
e as letras voltaram a mandar-me recados...

Os tapetes alegram com cores.
Assim como as toalhas,
as roupas de cama...
E as fotos no mural...

Meus amigos moram comigo,
mesmo pregados em um isopor
eles estão sempre sorrindo
e dando mais vida à vida...

A cama me abraça todas as noites
tardes, dias, que deito.
As cobertas me aquecem...
E o perfume dos incensos me faz dormir bem...

É bom estar aqui.
Há muita vida no quartinho 68.
Há um feiche de semivida em mim...
Um rastro...

Há infinitas coisas neste quarto 2x2...
Meu lar, meu refúgio...
Meu abraço é um quarto!
Meu abraço sou eu!

431 Carlos Gomes

Bardot. Santa Inês. Petrópolis. Israelita.


"Vá viver e gozar com seus amantes,
que, juntos, uns trezentos ela agarra
nenhum de fato amando mas os membros
rompendo em todos

e não se volte mais ao meu amor
que caiu por sua culpa como a flor
do último prado, em que, passando, o arado
então tocou."
Catulo

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

, Paz! (vocativo)

Enquanto fizermos o bem, tudo se dará da melhor maneira.

Estou em paz comigo mesma.
Encontrei-me...
E sei que não te perdi.
Meu amor é vivo.
Ele estará sempre comigo, no meu peito.

Nenhum timbre mais machuca meu coração.
Os sons são benvindos!
Acredito no que eles me fazem sentir!
Teus sons estão vivos em mim!

Fique bem... Corra, voe!
Realiza teus sonhos, e nunca deixes de sonhar!
Encontra-te!

Tá tudo bem...

domingo, 24 de outubro de 2010

Solidão e não...

Solidão não deve ter definição.
Solidão é sensação!
É percepção, envolvimento, ou não...
Conexão ou não...
Presença, ou falta física, ou não!!!

Sozinhos nascemos, e estamos sempre, morreremos sozinhos... Ponto de vista um. Li outro dia, mas não sei, consigo entender, mas não concordo por completo.

Ainda penso em mais duas situações:

E sobre estar sozinho, mas ter a sensação de que o mundo inteiro é teu. Estar sozinho, mas sentir-se amado, acolhido, e completo assim mesmo, por si só, e só! Tanta coisa nos acompanha, quando estamos sozinhos, mas felizes, e assim nunca estamos sós!

A pior das três: Estar sozinho quando acompanhado... Que é quando não deveria isso acontecer. Sentir-se e estar sozinho mesmo em meio a multidões, pessoas, amigos... Complicado.

Tenho pensado nisso. Relatividade da solidão. É tão complexo entender o significado dessa palavra na sua imensidão, principalmente quando existe um sentido oficializado... Como o que todos sabem quando a ouvem. Tenho observado, sentido, e pensando em cada uma delas, nada demais.

Quis registrar, e só. Ponto.


PS: O Chico toca violão ao meu lado e canta uma música sobre um suposto pé de melancia, e isso me atrapalha a escrever as coisas certas... Não reparem... Se é que algo é reparado nisso aqui, em algum momento...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

relatividade

tudo que parece pouco pra mim, é pra ti?
e o que pra ti é pequeno, será que pra mim não pode ser importante?
meu pão de cada dia é banquete em muitos lugares...
e assim são muitas coisas...
as pessoas não são diferentes?
são sim. e a visão que têm das coisas também...
não há certo e errado.
há pontos de vista, jeitos, experiências...

precisamos de paciência e amor, como havia sido prometido - e cumprido, foi?


vou dormir, como dormir? tá difícil...
tudo tão difícil...

quero voar, mas minhas asas ainda são frágeis demais...
como um bebê, minha alma ainda engatinha e então dá seus primeiros passos...
estou aprendendo, sempre aprendendo... nada sei

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

o que serei quando crescer?

quero crescer, logo!
me acalmei, mas tenho pressa!
confusão...
quero tudo, quero tanta coisa.
quem sou?
quem me ajuda?
sáco... odeio tanto ser assim, sentir tais coisas...

ainda não sei quem sou e o que quero ser.
o que devo ser?

sábado, 18 de setembro de 2010

desabafo de Maria - amor?

Eu sei...
Sei que as histórias de amor se repetem, as pessoas se equivalem.
Ninguém é especial, único, insubstituível.
Que na vida podemos dizer 'eu te amo' pra centenas de pessoas diferentes, eu sei.
E podemos sentir todos estes amores, e sim, serão sim amores eternos, cada um deles.
Dizem por aí que amores vem e vão e nada é para sempre.
Damos os mesmos afagos, os mesmos carinhos, e criamos as mesmas histórias dos sonhos pra cada um desses amores que vivemos...
Chamamos cada amor pelo mesmo apelido carinhoso, e usamos as mesmas palavras e promessas para declarar nosso sentimento.
Cada amor é único, e é o último. Até que venha o próximo e tudo se renove?
Cada amor é uma mentira. Cada declaração é uma mentira.
Nada disso é especial, nada disso é único, e nada disso é pra sempre.
Tudo pode se renovar, e se renova.
Pra sempre sempre acaba, nunca existiu.
Por que isso acontece...?
E o que acontecerá?
Amores não existem, o que vejo é outra coisa...
Conhecerei um dia, o amor?

autoria do pseudônimo: Maria, o violão velho.

Isso não faz parte de mim, não combina comigo, e é situação complexa demais pro meu entendimento. Não sei se consigo... Nem sei se quero conseguir amar assim...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

meu artigo ciêntifico - pffffff...

eu que sou uma apreciadora das ciências biológicas não sabia que cravo era um animal... descobri hoje que o animal sou eu! hahahaha. vocês sabiam disso?

não sei o que muda na realidade, mas fiquei um tanto anojada em pensar nisso.

os cravos que moram em mim (e certamente em ti também) tem oito patas, um par de antenas, abdômen e é parente das aranhas. até sistema nervoso ele tem...

e eu jurava que cravos eram apenas acúmulo de oleosidade da pele, ou algo assim - na verdade é dos nutrientes que se acumulam na pele que eles se alimentam - e pra

piorar, além de se alimentar, eles também fazem cocô...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A história trágica, menos trágica que as minhas: O amor entre uma flor e um violão.

Essa semana comprei-me uma flor: Jandira. Comprei uma amiga por R$1,65. Ela ainda é muito tímida, fala pouco comigo, e mal me dá bola, um tanto esnobe. Mas Jandira já está superíntima de Luís, meu violão de cordas de aço, homem alto, esbelto, cabelos claros, quase um Bradd Pitt dos instrumentos... Eles têm passado o dia juntos, ouvi falar que estão apaixonados. Quem me contou? Não digo, me pediram sigilo. O único problema é Maria, meu violão de cordas de Nylon, que foi dispensada por Luís - e por mim - o qual não a quis já que Maria está meio velha. O problema de Jandira e Luís - além de Maria que por vezes acaba atrapalhando o flerte dos 'pombinhos' - é que Jandira é uma flor, e portanto seus dias estão contados, seu relacionamento tem prazo de validade, a morte de Jandira que em breve chegará. Mas o destino é imprevisível, e tudo pode acontecer neste quartinho 2x2 que tem a minha cara, e a companhia dos livros, flores, violões novos e velhos, cadernos e canetas, um abajur e tapetes coloridos. Sou a autora do que acontece aqui, a observadora dos mundos que se movem dentro, e fora daqui.

A solidão me pira um pouco, ou quem sabe, me ensina a ser feliz do meu jeito.
Semana criativa.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

nada é por acaso

respeite meu sentimento.

se ando cansada
ando mau-humorada
ando estressada
respondona...
se ando chata,
cansativa,
birrenta...
meu pavio tá curto,
minha paciência escassa...
minhas forças já foram testadas...
muitas delas já se esgotaram.
se estou crítica,
se sou insegura,
se sou prática, e as vezes maldosa...
se não tenho esperanças,
se meus sonhos são pobres...
se pareço frustrada...
desistida, morrida...

nada disso é por acaso,
nada disso veio do nada...
e não sei até quando vai ficar.
mas não nasci amarga.
nem sempre fui pessimista...
e não gosto de me sentir desse jeito.

enquanto minha amargura não invade tua vida,
nada disso me importa muito.
mas transparecer sentimentos ruins,
faz com que eu me sinta bem mal.
por que?

porque não gosto de ser assim,
não fui, e não quero mais ser...
não quero passar às pessoas, ao ambiente a minha volta a impressão de ser algo que não faz parte de mim, simplesmente...
nunca quis viver de mentira e maldade.

não desisti sem tentar.
não sei se vou.
se desisti, não sei.
se sim, é justo, compreensivel, natural.
uma hora a gente cansa,
e perde o leque das alternativas sobre como agir...
o que fazer...
tentei de tudo, já...
mas amo, ainda amo.

mas, não me julgue se não tenho sido tão boa.
não exija também que tão logo eu seja muito melhor.
façam sua parte.
respeitem meu sentimento,
ele não é por acaso,
nem minhas características temporárias são.
espero que temporárias.

quero leveza, quero brisa, logo.
no mais, tá tudo bem.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

1h06min

e eu aqui...
thinking about everything...

tic tac tic tac tic tac...


tic
tac

t i c
t a c. . .


1h07min.

inteligência cotidiana

Sujeito: Gosto muito dos seus versinhos!
Mário Quintana: Obrigado por sua opiniãozinha!

entre outras histórias inteligentes deste cara...

versinhos que fiz agora, enquanto o sono não vem...

não dê-me conselhos, não dê-me ordens.
entenda-me, ou pelo menos esforce-se para isto.
se entender-me não quiseres,
então, respeite-me como puderes.

*estes são de fato 'versinhos'

recado ao anônimo

prezado anônimo!

sei que se escreves aqui se autodenominando "anônimo" é porque és no mínimo uma pessoa discreta.
por isso desde já desculpo-me por escrever em 'post' um texto direcionado especialmente a ti.

meu recado é simples: sei que postei outros textos após o texto "dor!" onde estivemos dialogando através de recados nos últimos dias, porém peço que caso queira continuar a dialogar - e espero que responda ao meu último recado - que o faça em resposta ao mesmo texto, para que possamos manter segmento à conversa.

espero que possas em breve dizer-me quem és, e assim fazer-me entender as mensagens que me deixaste.

obrigada.
Vick

preciso mais de mim

é isso o que mais tenho precisado!
acreditar em mim, contar comigo, confiar em mim!
eu sou minha irmã, meu pai e minha mãe.
sou minha mulher, e também minha amiga.
ninguém além de eu mesma pode ser e fazer melhor companhia a mim.

preciso de um tempo a sós comigo.
de uma conversa cara a cara, comigo mesma.
de uns puxões de orelha, meus.
de uns conselhos, de eu para mim.

preciso me entender e me controlar.
preciso relaxar!!!
preciso me conhecer, mais...
me estudar!

preciso ser prioridade a mim mesma
e ser mais importante a mim, do que qualquer outra coisa, ou pessoa.
preciso agir como eu quero.
preciso pensar em mim, e quase tão somente em mim.

e assim eu sigo errando ou acertando os pronomes...

e isso não é egoísmo.
mas chega de ser ingênua.

sei lá!

não sei o que escrever, nem o que fazer.
tô tranquila sabe, mas cansada.

será a época do ano? mesmos hábitos? as tantas coisas em que tenho pensado? as preocupações... os desejos!
que desejos?
ah, azar, é sempre assim...

chega desse papo!

mas até esse cansaço repetitivo me cansa...
chega de cansada, não fazer nada, e queixar-me de tal sensação.
e escrever sobre isso?

pfff...

quero sentir... sentir... sentir e só!!!
sentir na pele, o pêlo arrepiado, o suor, o coração batendo forte...
eu quero sentir alguma coisa, e que seja boa!
sentir-me viva, e sempre muito tranquila...

quero falar mais com meu corpo, meus olhos, minh'alma através desta minha ferramenta tão perfeita e tão útil... e falar muito muito menos com palavras...
como de costume, sabiamente quero ouvir mais que falar...

nunca quis causar problemas. mas, sou humana, perdoe-me se os causar...
queria ser maravilhosa... mas como humana, também quero o que há de mais maravilhoso.
não falo em perfeição, falo em qualidades máximas possíveis - possíveis!
bondade, dedicação, orgulho do que se tem ao lado, preocupação...
isso existe? isso acontece?

posso ser cega, talvez daquele tipo, o pior.
ou então, não sei.
sei lá!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

canção de despedida

um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão,
um dia me disseram que os ventos as vezes erram a direção
e tudo ficou tão claro, um intervalo na escuridão
um dia me disseram quem eram os donos da situação
sem querer eles me deram as chaves que abrem esta prisão.
o que era raro ficou comum
como um dia depois do outro, um dia comum
quem duvida da vida tem culpa
quem evita a dúvida também tem...
somos quem podemos ser...


E eu achei que poderiamos ser tão mais. Tão um só. E pensei que as nuvens pudessem sim ser de algodão porque nós poderiamos fazer com que fossem.

entrei nesta onda gostando dele, e hoje acho-o um chato.
ele torna o comum bonito. ele canta o que eu sinto, várias vezes.
mas ele é um chato. e esta é uma conclusão que faz diferença.

muitas vezes já tentei esta nossa despedida, sem saber que o que realmente dói é ver que o pra sempre sempre acaba...
o que mais dói é deixar de sentir, deixar de querer. o que mais dói é não poder esperar por aquilo que nunca viria, e não veio.
o que mais dói é aceitar que não há nem manteiga e nem pão, e nem café ao acordar.
a banda dos filhos ficou no plano, como a casa no campo, o cachorro, o piano na sala e o abajur de vitral. Mas, amor não é isso...

eu sempre soube o que levaria ao fim. mesmo assim, tentei. Achei que tu tentaria, lutaria, também

Infelizmente, eu não sei separar muitas coisas...

A gente mudou... Nossos sonhos e planos também... Será que nos conhecemos?

Coração em pedaços... Minha alma chora e meus olhos também... Meu peito grita e minha pele arde.
Sinto saudade. Sim. Sinto vontade.
Corpo e mente cansados... Coração cansado.

Eu amo.

dor!

dói pensar.
dói sentir.
dói dizer.
dói escrever.
dói aceitar.
que o que era doce se acabou...

dói demais.

acordei de um sonho e tu não estavas ao meu lado.
quem é você?

mudanças

tenho andado não fria,
mas muito prática, intimista e cética, principalmente.
não quero ser maldosa, ou injusta.
não deixei de ser sentimental...
mas o sonho, aquele, acabou.
(talvez um dia renasça...)

aquela sensação quase infantil,
os desejos e a esperança adormeceram.
e muito pouco me comove, hoje.

aquele mundo, o dos sonhos não existe mais.
nem as estrelas, o abajur, ou as cores estão aqui,
e a música já não toca no mesmo ritmo,
nem toca mais meu coração...
hoje, prefiro o silêncio.
alguns timbres machucam...
(não procurei ser assim...)

ainda não sei quem sou, nem o que quero
mas tô vivendo, e tô tentando.
isso não mais é um problema.
não tão grande.
grande sou eu, disso eu sei.

já não sonho em mudar o mundo.
mas ele também não mandará em mim.
não quero mais voar.
nem mesmo poderia...

não usarei minhas virtudes pra vender ideias,
ou pra mentir...
não quero ilusão...
e isto é o que permanece igual em mim.

nunca vou deixar de fazer o bem.
e de guardar amor em mim, e liberar aos ventos...
aos meus amores...
desejo o melhor.

mas não sou perfeita.
sou ingênua e frágil.
me falta força, e controle.
além de paciência, e maturidade, que sei que virão.
faço questão de amadurecer, sem envelhecer.

sou aberta pro bem, mas nesta abertura o mal pode entrar
e então não lido bem com as coisas que mexem no fundo de mim, quando doem.
pois elas mexem, mesmo.
e quase sempre não consigo mandar no que sinto.

mas o bem, e a verdade estão sempre atrofiados em mim.
e assim, tudo se dará do jeito mais certo.

vou seguindo, fazendo a minha parte, ao máximo que eu puder.
por amor! como sempre, pelo amor que mora em mim.
e por amor, quero que lutes ao meu lado,
por ti, por mim, por nós...
por amor, quero ser amada.
quero ser teu motivo...

se algo mais em mim morrer, saberei não ser culpada.
tenho usado as armas e forças que tenho,
a verdade, os desejos, e muita confiança...
e lutado pelas vontades, e pelo amor,
que não quero deixar ir embora.

são estas, coisas valiosas pra Vitória.
que quer tudo ao máximo, tudo por inteiro.
desde o inicio, e pra sempre.
não quero descobrir ter me enganado.
minha prioridade é o amor, que é eterno.
devo mudá-la?

quero apenas sentir-me amada.
e que faças questão de me ter nos teus dias.
já não sinto mais.

ainda és o mesmo?
um dia amei teu coração porque ele era quente e vermelho.
de que cor ele é hoje?


estas, eram palavras que precisavam ser ditas, registradas.
os que me amam, entenderão.
e os que me conhecem.
lamento se não puder ser compreendida.

*estou cansada.
(de não ser vista, ouvida, acolhida, arrastada... cansada desse nada)

quero ser boa, fazer bem, e o bem receber.
quero sentir-me tranquila.
sem medos, nem mágoas.
eu também quero aprender a entender.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ingenuidade

Quer alguém mais 'arriado' do que eu?
Eu sou naturalmente piadista, 'bagaceira', maliciosa! (somente eu?! não...)
Basta poucas palavras pra que eu pense em besteira, e fale também.
É divertido, e geralmente acarreta em discontração...
Mas ái, tenho me irritado um pouco com isso.
Acho que nem tudo é engraçado, e nem tudo tem graça...
Vamos falar sério? Fazer sério? Fazer bem, o bem?

-

Preciso voltar a escrever no meu caderno.
Preciso voltar a sentir e fazer as coisas minhas.
Preciso fazer o que não tenho feito, e devia.
O bom é que me dei conta, e me dei conta porque estou muito bem.
Uffa, que alívio, sentimento bom.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O artista Nando Reis

Depois de ontem, minha admiração pelo Nando Reis aumentou ainda mais!

Em entrevista no show que fomos, cheio de carisma, ele demonstrou dedicação, amor ao trabalho e inteligência. Falou do trabalho como músico e compositor e sua trajetória desde o inicio da carreira com os Titãs, a carreira solo, e a conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar...

Com sua voz e violão, apresentou suas músicas carregadas de sentimento, cheio de expressão, e vontade. Sem estrelismo, autografou os CDs de toda a galera, simples, querido e atencioso!

Gente boa!

Pudemos dar um CD do Chico em mãos PRO CARA, falar um pouquinho com ele, apertar a mão, e de quebra ainda beijou minha. Muito simples e acessível! Grande artista! Pra mim foi marcante! FODA!

Fiquei feliz... :)

*foto de webcam: DRÊS, disco muito foda.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

parecer sobre o cotidiano, novo:

festa a fantasia todos os dias: dinheiro, roupas, oportunidades, maquiagens, mas muito pouco passado importante, experiência. corpos de cabeças vazias fantasiados de outras coisas, que não as que são, sem saber por quê.

robôs? marionetes? que mundo é esse que faz isso com as pessoas? que pais? valor e moral faz parte do passado? ninguém mais pensa... são pensadas! bitoladas! afetadas! alvo do nojento capitalismo, a publicidade, o marketing (tenho HORROR a sistemas de influenciação de indivíduos a qualquer coisa - as pessoas regridem, esquecem que são capazes de pensar, por não precisarem mais fazê-lo). influenciadas por completo! um horror!!!

- eu sou um processo paralelo. convivo, mas não me envolvo. se assim, pouco assim, bem pouco. este é um fato triste que faz parte do meu novo dia-a-dia mas que não atinge meu processo de busca individual, que têm valido a pena. muito lucro e aprendizado.

segunda-feira, 29 de março de 2010

vazio

as vezes vejo a sombra, o rastro, do eu que foge de mim
vejo no horizonte um vulto trêmulo do que poderia eu ser, ou poderei
quando me vejo, mesmo que pouco, me alegro, me impolgo
até novamente me perder

frágil, inconstante, insegura
triste!
um leve sopro me derrubaria agora,

em prantos.

estou com medo.
do que pode acontecer, do que eu posso vir a fazer...
em quase nada, me garanto.

eu simplesmente estou fora...
como poderia eu, fazer falta?

quarta-feira, 24 de março de 2010

CHAOS

Há muita cor rosa no meu quarto!
Há algo errado nisso.

Putz, eu odeeiio rosa, odeeiio o que rosa diz,
o que a cor rosa representa.
Sou contra! Gostar de rosa, só admito na infância!
Mas peraí, não é proposital haver tanto rosa
no meu quartinho novo...
Tenho que admitir uma coisa, uma coisinha só,
que justifica a presença dessa cor maligna, onde vivo:
Rosa é bonitinho, bonitinho não, é harmonioso!
Acalma, acalenta, trás um sentimento familiar.
Tudo o que eu preciso nesses dias de semana no
quartinho é um pouquinho de cor de rosa...

PS: O mesmo vale para o layout do blog.

terça-feira, 16 de março de 2010

Chico, minha sorte!


É dificil falar dele. Não que eu fique sem palavras, mas sim, é que elas vêm uma por cima da outra querendo sair de mim e expor o amor imenso que sinto pelo véio.
E parece tão injusto falar, sem falar tudo! Tudo que é tanto, tanto, tanto...

Deixo que foto fale o que eu não consigo, mas quero.

Ela mostra a alegria em estar ao lado dele, que é meu amor, meu amigo, meu parceiro das coisas inesquecíveis, as vezes Dentinho, meu dengo, meu véio! As vezes é assim que me sinto, com vontade de gritar, cantar o meu amor pelo Alexandre!


Minha alegria.

Eu sou tua.
Te amo!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

descobertas.

tenho grande dificuldade em tomar decisões, mas tenha certeza, quando crio definição sobre alguma coisa, aspecto, destino, é porque gastei muito tempo e dediquei paixão em escolher tal e tal coisa a ser minha, a ser assim, seja lá o quê, seja lá o que for...

faz um tempo, pouco... um punhado de meses frios e quentes que tomei a decisão de ser quem sou e a isto dei o nome de descoberta. a formação de mim mesma, do eu que faz de mim um ser que pensa e que age, tem características tão claras... vontades, desejos, sonhos, fragilidades, medos, sentimentos, saudades... e eu vi, descobri quais são... eu realmente me conheço...

falta descobrir o que fazer... o que fazer comigo, o que fazer de mim, o que fazer com que eu faça, como fazer o eu fazer, eu fazer... fazer o quê...

por um instante esqueci de mim, por tanto pensar no que faz o eu feliz... o que pode o eu fazer pra ser feliz?

esqueci dos livros que não li, e quis ou não ler.
esqueci dos filmes que não vi, e os que quis rever...
esqueci das tardes frias na cidade estranha, grande a me engolir.
esqueci o desejo de ser grande tal qual a grande cidade...
esqueci o sonho em ser artista, artista de que arte? sonhar ser artista, ser artista?
pensava eu, na arte... que frustra e encanta... mas que sempre mexe e faz pensar, ou não pensar em nada...
esqueci das gotas de chuva na janela, e do seu cheiro que rasga
e das folhas secas de outono, que nunca vi tão belas como nos filmes...
esqueci da noite nua com o desconhecido, a lua e o som do silêncio, e o vazio que fica, triste e bonito.
esqueci de escrever sobre a tristeza e transformá-la em poesia ou rabisco. palavras feias tão bonitas, tratando de soluções... de desejos e medos...
esqueci de como é bom encantar as pessoas, velhas, novas... dando brilho aos olhos, idéias e sonhos de jamais desistir desses sonhos. força barata, gratuita, vinda da palavra dos fracos fortes... heróis comuns, vencedores...
esqueci das minhas coisas boas, e passei a desentender meus medos, que não são mais tão belos...

talvez falte um pouco de tristeza. melancolia. beleza.