sábado, 12 de março de 2011

Foda-se!

Tranquila e calmamente eu penso... Foda-se!

É um mantra!
E eu tenho recitado diariamente...

Eu faço o bem e o que meu coração manda, o tempo todo.
E tudo o mais que se foda!
Todos os resultados, os erros e os acertos, até...
Os outros e suas opiniões...
Os envolvidos e suas opiniões...

Nada importa!

Repito! Eu faço o bem, ajo com bondade, sinceridade, e respeito.
Mas, que se foda...

As coisas precisam ter muita importância pra mim pra que eu me importe.
E olhe lá...

Muito pouco me tira do sério, do meu rumo, do meu foco.

Estou cuidando de mim.
Sobra pouca paciência pra mediocridade...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Fé!

Depois de tanto tempo, depois de tanto medo...
Depois de tanto nada
Sem acreditar, sem confiar
Nasce um rastro de fé em mim.

Eu quis muito. Mas me respeitei enquanto não pude sentir e acreditar.
Eu não procurei.
Mas aos poucos alguma coisa acontece aqui.

Literalmente, só Deus sabe o quanto isso é importante pra mim.
O quanto esse feiche, ainda em fase embrionária, faz diferença no meu coração,
tanto tempo desacreditado.
O quanto esta sensação é grandiosa!

Não sei.
Uma esperança de que talvez não seja só isso.
Uma vontade.
E começo a acreditar que pra tudo existem razões.
E que se ainda não as conheço, há tempo pra descobrir.
Também é por algum motivo.

A vida se ajeita.
Leva e traz pessoas, oportunidades, lições...
E tudo tem sua razão pra acontecer ou desacontecer.

Isso tem tanto a ver com minha teimosia.
Com a mania que tenho de ditar o certo.
Tudo tem um preço.
E todos têm ou terão tudo aquilo que merecem.
Não cabe a mim julgar e resolver.
É claro... Tudo se ajeita, no seu tempo certo!

Preciso acreditar mais.
Lembrar me ajuda a entender.
Quando rezou por mim, por nós,
certamente algo aconteceu.

Há magia.
Há uma luz.
E há muita coisa entre o céu e a terra...
Que envolvem nossos corações
e destinos!

Como num estalo, fica tão claro entender que nada aconteceu até aqui por acaso.
E nada nessa vida acontece ou acontecerá por acaso.
Agora, de novo, eu confio.
Eu confio!

Se eu apagar a luz, e fechar os olhinhos vou conseguir dormir?
Santo anjo...

terça-feira, 8 de março de 2011

Hay tantas cosas...

Que viva la ciencia,
Que viva la poesia!
Que viva siento mi lengua
Cuando tu lengua está sobre la lengua mía!
El agua esta en el barro,
El barro en el ladrillo,
El ladrillo está en la pared
Y en la pared tu fotografia.

Es cierto que no hay arte sin emoción,
Y que no hay precisión sin artesania.
Como tampoco hay guitarras sin tecnología.
Tecnología del nylon para las primas,
Tecnología del metal para el clavijero.
La prensa, la gubia y el barniz:
Las herramientas de un carpintero.

El cantautor y su computadora,
El pastor y su afeitadora,
El despertador que ya está anunciando la aurora,
Y en el telescopio se demora la última estrella.
La maquina la hace el hombre...
Y es lo que el hombre hace con ella.

El arado, la rueda, el molino,
La mesa en que apoyo el vaso de vino,
Las curvas de la montaña rusa,
La semicorchea y hasta la semifusa,
El té, los ordenadores y los espejos,
Los lentes para ver de cerca y de lejos,
La cucha del perro, la mantequilla,
La yerba, el mate y la bombilla.

Estás conmigo,
Estamos cantando a la sombra de nuestra parra.
Una canción que dice que uno sólo conserva lo que no amarra.
Y sin tenerte, te tengo a vos y tengo a mi guitarra.

Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos:
Mi guitarra y vos
Mi guitarra y vos.

Hay cines,
Hay trenes,
Hay cacerolas,
Hay fórmulas hasta para describir la espiral de una caracola,
Hay más: hay tráfico,
Créditos,
Cláusulas,
Salas vip,
Hay cápsulas hipnóticas y tomografias computarizadas,
Hay condiciones para la constitución de una sociedad limitada,
Hay biberones y hay obúses,
Hay tabúes,
Hay besos,
Hay hambre y hay sobrepeso,
Hay curas de sueño y tisanas,
Hay drogas de diseño y perros adictos a las drogas en las aduanas.

Hay manos capaces de fabricar herramientas
Con las que se hacen máquinas para hacer ordenadores
Que a su vez diseñan máquinas que hacen herramientas
Para que las use la mano.

Hay escritas infinitas palabras:
Zen, gol, bang, rap, Dios, fin...

Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos:
Mi guitarra y vos
Mi guitarra y vos.

Jorge Drexler.

domingo, 6 de março de 2011

Cinzas!

Tô cansada.
Irritada, esgotada.
Tô dengo, quero colo!
Não quero nada.

Os sonhos me trazem saudades,
e a razão me lembra que a vida é injusta!
Queria sentir o que somente entendo.

Chega!
Carnaval, leve tudo embora...
E vá também!
O ano precisa começar!

Me sinto presa!
Quero voar...
Mas essa bateria de escola de samba não deixa
a minha mente se acalmar...

Pança.

Era proibido entrar.
Uma cerca de madeira rodeava a casa.
Lá, as pessoas tinham gravado seus recados para o poeta.
Não tinham deixado nenhum pedacinho de madeira descoberta.
Todos falavam com ele como se estivesse vivo.
(Assim eu faço com vocês! Não sei quem me lê e quem não, mas eu falo e canto, eu grito, eu amo!)
Com lápis ou pontas de pregos, cada um tinha encontrado sua maneira de dizer: obrigado.

Eu também encontrei, sem palavras, a minha maneira.
E entrei sem entrar.
E em silêncio ficamos conversando vinhos, o poeta e eu, caladamente falando de mares e amares e de alguma poção infalível contra calvície. Compartilhamos camarões ao pil-pil e uma prodigiosa torta de jaibas e outras dessas maravilhas que alegram a alma e a pança, que são, como ele sabe muito bem, dois nomes para a mesma coisa.

Várias vezes erguemos taças de bom vinho, e um vento salgado golpeava nossas caras, e tudo foi uma cerimônia de maldição da ditadura, aquela lança negra cravada em seu torso, aquela puta dor enorme, e foi também uma cerimônia de celebração da vida, bela e efêmera como os altares de flores e os amores passageiros.

Trechos de Galeano em "Neruda 1" do Livro dos Abraços.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Menina da bundinha gorda.

Hoje vi na entrada do prédio uma menininha saindo rumo à escola de uniforme azul e branco e uma imensa mochila rosa, possivelmente maior que ela.
A minha minivizinha me alegrou por alguns bons instantes. Me fez lembrar de mim, quando tinha sua idade. Ela tem, como eu também tinha nessa fase, a bundinha gorda e as perninhas grossas e seu uniforme parece o que eu usava quando ia pro Santa.
Me deu saudade da escola, dos sonhos de criança, da casa antiga, de subir em árvores e pular sapata. Saudade de brincar de "monstro do travesseiro" e mercadinho com minha mãe e do Santana do meu pai, dos chicletes e livros que ele me dava toda semana. Saudade dele! Saudade forte do seu abraço, da sua risada, da sua voz, do seu colo, da sua comida, do seu apoio. De ter meu pai. Merda.
Enfim, essa menina tão parecida comigo até no jeito de andar me fez pensar na saudade de ser criança e também na vontade de ter crianças, de, quem sabe, ter uma menininha com bundinha gorda e perninhas grossas. Vontade de cuidar de alguém como um dia cuidaram de mim. De estar no outro papel de uma mesma história.

Sei que um dia, sentirei saudade da mesma forma do que sou hoje. Por isso eu amo, eu sonho, eu realizo... Eu vivo!!! Vivo pra que quando este dia chegar, possa sentir só saudade e nenhum arrependimento.

Saudade de ser também uma menina da bundinha gorda. Feliz por ser hoje uma jovem mulher com belas histórias pra contar, oportunidades pra aproveitar, sonhos pra realizar. Certa de que um dia serei a mulher que terá bundinhas gordas pra limpar, boquinhas pra dar de comer, uma família pra amar e honrar, um lar, um trabalho, uma paixão...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Get your Burlesque!

Não é o melhor filme que já vi, nem o mais original ou complexo. É simples, até clichê...

Mas, Burlesque me fez sentir o que há muito não sentia... Sonhos e desejos! E principalmente esperança!

Estou cheia de vontades! Vontade de arte! De arte da voz, de som... Arte de corpo, arte da alma, como a arte deve ser!

terça-feira, 1 de março de 2011

Sossego!

Não quero mais brincar.
Eu já havia descoberto certas coisas e esquecera, mas agora eu já sei.
Tive que viver, experimentar, testar... Fazer tudo o que já havia feito antes e ainda mais pra aprender, me conhecer... E aprendi, me conheci, entendi...

Mas já não quero mais brincar ou perder tempo. Hoje eu sei o que quero e gosto, e não.
Quero cuidar de mim e de tudo o que está em minhas mãos. Tudo o que realmente importa. Há muito tempo que não posso mais brincar nem perder tempo... E hoje estou tranquila e preparada. Não há mais pressa ou desespero. A dúvida também é rasa. Eu tenho um foco, mesmo meio desfocado... Mas eu estou no meu caminho certo.

Quero e preciso ficar quieta. Ficar só. Ficar comigo... Poder cuidar de mim, do meu futuro, da minha mãe, das minhas casas... Com muita dedicação, verdade e amor. Organização.

Eu dei um passo à frente, subi um degrau! Quero luta e conquista...

Eu só quero sossego!

Com muita força e verdade. Com o coração e consciência limpos e cheios de paixão pelo novo, pelas artes, conhecimento e por mim mesma... Pois tenho descoberto em mim muita coisa boa...

Eu preciso muito de mim agora... Estarei só, vivendo, lutando, realizando...