terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tristeza

Sabe, que bom estar triste!
Fico feliz por minha atual intensa tristeza,
pois, mais triste seria vender sorrisos acostumando-me com o que me faz chorar.

Minha razão, confronta minha emoção! Esta é a guerra que existe dentro de mim. Será possível haver paz entre estas duas forças que comandam minha mente, meu coração e minha alma? Será que minhas rainhas um dia conseguirão unir-se e viver em harmonia? E por favor, deixar-me viver, viver tranquila, e deixar alterar-me com as paixões que antigamente me moviam, e com os sonhos adormecidos que moram nas minhas partes mais puras e bonitas?

Acordar pela manhã, vestir a primeira coisa que vejo, e ainda dormindo e gritando por dentro,
sair às ruas sem qualquer expectativa de sorrir ao longo destes longos dias cinzas e molhados... Isto suga todas as energias que com toda a minha força conquisto e sugo deste mundo a cada dia! Motivo dos mais profundos lagos escuros que se encontram abaixo de meus olhos, e guardam as águas que deles escorrem na solidão, na noite, na cama...

Me entristece tudo aquilo que depende de mim, quando não deveria depender. Pois minha incapacidade de decisão, de definição me rasga internamente como como uma faca em chamas. E a cada dia, penso e sinto este fogo cada vez arder mais fundo em mim...

Eu me conheço, como a palma de minha mão, de meus pés... Me conheço tanto, que conheço até o que em mim não conheço... Me conheço tanto, que não confio a mim, nada que exija de mim, fazer ou ser alguma coisa! Tenho medo, tenho medos... Não estou pronta! É isso... Mudo tanto a cada dia... E me confunde porcamente confundir aquilo que sou, aquilo que quero ser, e com tantas coisas que não sei se quero, não, ou sou, já. É tão drástico e definitivo decidir do que gostar.

PRA QUÊ PROVAR? PROVAR O QUÊ? PRA QUEM? SE NÃO SEI!!!

Ordeno a mim, todos os dias, todo o tempo, parar de impor, de pressionar, de perguntar.
DEIXA SER... CALMA... FIQUE BEM... O TEMPO...

Nunca, palavra dessas resolve troço tão forte que se move aqui sem me deixar em paz...
Há meses meu sono transborda sons de despertador, traumas e monstros... E acordo sempre na mesma rotina, na mesma cama, no mesmo endereço, no mesmo horário... E sei como será o dia, sem qualquer chance de mudar os planos... Grades!

sábado, 5 de setembro de 2009

sensibilidade.

Medo. Um pouco...

Medo de deixar perder-se o que a tristeza me ensinou.
O valor das coisas... Significado! Sentido...

As lágrimas que não correram de meus olhos,
me tornaram mais sensível.
E esta é a melhor de minhas artes.
Ouvir, sem que me falem.
Ver, sem que me mostrem.
Entender, sem que façam algo por isto...

Temo não ouvir,
ou enxergar...
Temo não poder mais entender!

Não quero machucar-me,
e perder,
a sensibilidade de perceber
o que acontece, sem acontecer...

Seus olhos me dizem,
Suas bocas me mostram,
Sem palavras,
eu percebo o que sentem.

E eu sinto!
Eu sinto o que sentes,
o que sentem...
Eu sei o que queres,
e o que querem...
O que temem, o que guardam,
O que pensam...
Eu sei, eu sinto!

Palavras sólidas,
nem sempre são.
Os olhos desmentem,
As mãos também...
O corpo é quem fala...
A alma!
A boca diz o que quer,
nem sempre é verdade...
A boca confirma, ou mente...

Eu sei, eu sinto!
E sei, e sinto
porque deixas,
porque deixam...
Porque não sabes,
não sabem,
que vejo, e ouço, e sinto, e sei...

Não quero perder,
isto,
Não quero perder-te,
Não quero perdê-los.

Nem perder-me de mim...