segunda-feira, 27 de abril de 2009

pedaços estranhos daquilo que não sei como chamar...

"nossas dádivas são traidoras,
nos corrompem, nos castigam..
nos promovem a viver,
de escravidão.

eu quero fugir,
migrar, desistir..
mas a imagem me prende
fico preso aos espelhos, criados,
consultados, quebrados...

as próprias escolhas
é que nos traem,
nos sugam,
exploram,
estupram, invadem.

não há postura.
não há controle.
não há espaço pros sonhos,
realidade.

criador domina criatura,
dizem
há quem viva,
domado por aquilo que criou,
sejá lá...

nossos atos, nossos prêmios,
nos dominam,
não há domínio somente,
à quem conquistas não tem,
este pode, viver, ir além...

não vivas somente
das conquistas que tens,
vivas ainda
dos erros, desgraças,
de tempo,
também"



"enquanto isso a vida vai passando.
enquanto o mundo gira,
eu tô nem aí,
e nem aqui, menos ainda, lá...

o tempo passa,
e a gente esquece de viver enquanto há tempo,
não há.

enquanto isso,
enquanto aquilo
eu faço isso
eu faço aquilo,
já???"

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